terça-feira, 30 de setembro de 2008

Conhecimento: Declaração de Independência

Com a chegada da web e os sites de colaboração em massa, faz-se muito importante a valorização do indivíduo. O indivíduo hoje em pleno século XXI é onipresente e isso deixa o conhecimento mais abrangente que os tempos antigos. As obras textuais não se encontram apenas em um lugar: elas estão por todas as partes e mais ainda, não se fazem apenas por textos, mas também por fotos, áudios e vídeos; e exprimem as emoções, os sentimentos, as alegrias e as tristezas do autor, do grupo, da comunidade em geral.
Assim, a participação do indivíduo nas ferramentas da Web 2.0 é fundamental para a inclusão e posteriormente, para a gestão do conhecimento. Na verdade, sem essa participação, nada mais existe, e tudo o que temos hoje não existiria também. A participação ocorre naturalmente: as ferramentas são criadas, o conteúdo é compartilhado, as pessoas se interessam, o conteúdo é renovado e então o ciclo se fecha, compartilhando, interessando, e renovando conteúdo.

Questões:
Até quando a colaboração em massa poderá ser considerada fator de qualidade nos sites embasados nesse movimento? O indivíduo, apesar de valorizado como um ser só, no fim responde por ele mesmo ou por um grupo?

sexta-feira, 26 de setembro de 2008

Resumo e Conclusões Acerca do Conhecimento

Da forma como o mundo se estrutura no presente momento, existe uma tremenda valorização do imediato. As informações e conhecimentos fluem a velocidades cada vez mais rápidas, na velocidade da luz, e neste intervalo infinitesimal de tempo somos cobrados por constantes atualizações, por conhecer cada vez mais tudo o que ocorre agora. Certas vezes, somos cobrados até pelo que ainda vai ocorrer. São as influências das novas tecnologias de informação e conhecimento sobre as relações temporais do indivíduo com o restante da sociedade. Temos notícias que atravessam milhares de quilômetros na nossa mão, instantaneamente. Temos espaço livre e irrestrito para a expressão individual e coletiva. Temos um mundo globalmente conectado. Um mundo inteiro nas costas de cada um de nós.

Nesta nova perspectiva, apesar das óbvias vantagens de conectividade do mundo como um todo, de ganhos de tempo (o que pode ser muito questionado, uma vez que o tempo que ganhamos é cada vez mais tomado de nós), de redes de informações e conhecimentos, de comunicação, é importante reconhecer o problema de acompanhar tal velocidade e pensar no que está acontecendo. De fato, quando se segue o ritmo imposto pela nossa sociedade, não há tempo nenhum para parar. Como fica então o significado daquilo que acontece? Não temos tempo de formular princípios e pensamentos sobre aquilo que acontece, e somos guiados pelo contexto existente, como atores de um match de improvisação. A pressão do imediatismo nos consome pelo conhecimento do momento presente e, contraditoriamente, nos impede de vivê-lo. Nos deixamos levar.

Queremos rápido e queremos muito! E neste caso querer é poder... A abundância de conhecimento que podemos ver nos dias de hoje foge do nosso controle. Cada vez mais temos possibilidade de acesso a mais conhecimento, mais do que temos condições de manusear; e será que as pessoas acompanham essa evolução? O conhecimento evolui tão rápido que torna-se obsoleto rapidamente. De que adianta aprender algo que será inútil daqui a pouco tempo? De fato, entramos em uma nova geração de conhecimento, onde tê-lo não é mais suficiente, ou melhor, não chega nem a ser necessário. Saber como e onde encontrar as informações necessárias para cada situação mostra ser uma habilidade maior, uma habilidade decisiva para a sobrevivência. Lembrando dessa enchente que afasta a informação do nosso alcance.

A questão do conhecimento se mostra muito complexa nos dias de hoje. Temos muito conhecimento, mas o que fazer com ele? Temos pouco tempo para nos ocuparmos de buscar um significado para tudo isto. Temos poucas certezas, ou nos perdemos em meio a tantas outras. Tudo fica, certamente, mais incerto. Estamos, de fato, nos apropriando de algo, abrindo múltiplas possibilidades, ou somos meros consumidores sem significado, recombinando assim com assado?

O indivíduo, no entanto, é o principal responsável por toda essa (des?)organização do conhecimento. Tudo tem funcionado muito bem. As páginas que exigem colaboração em massa funcionam perfeitamente, e são consideravelmente mais confiáveis que muitas outras fontes de informação. Sem o indivíduo, não haveria formação de grupos e com isso nem as idéias iriam se conflitar. Antigamente, todos liam um livro e então liam comentários em alguma revista que criticava o livro. Hoje as colaborações acontecem instantaneamente, muitas vezes, sem nem a publicação das obras ainda ter ocorrido.


A principal conclusão que se pode tirar de tudo isto é que a questão do conhecimento tem que ser pensada, refletida e questionada. Não adianta achar que tudo já está certo. Em meio a tantas mudanças na própria natureza do conhecimento, não é raro que percamos o seu próprio sentido, que deixemos de perceber como ele vem se relacionando com as individualidades e grupos sociais. É mister promover a sua constante reinvenção, não apenas tecnológica e contextual, mas a reinvenção do seu próprio significado. Das formas de apropriação dele. Apropriação esta sobre algo que flúi sonicamente, como milhões de milhões de feixes de luz vivos orbitando espaços siderais. Como captar algo tão vasto, tão rápido, tão dinâmico?

Em resumo, devemos estar sempre atentos à questão do conhecimento e nas suas implicações sobre diversos aspectos de nossa sociedade. É importante realizar esta importante reflexão justamente para que o conhecimento não seja algo dinâmico apenas em velocidade de disseminação e comunicação, mas também em termos de evolução, carregado de significados. Um conhecimento que contribua para a formação de cidadãos. Para o crescimento intelectual e espiritual dos seres humanos. Um conhecimento em igual oportunidade para todos os seres sociais e que promova a construção de um mundo com justiça, liberdade e paz. O qual, por opinião própria, ainda estamos longe de alcançar.

Conhecimento e suas características atuais: ABUNDÂNCIA

Conhecimento abundante, mas de quem?
Abundant knowledge, but of whom?
¿Conocimiento abundante, pero de quien?
Conoscenza abbondante, ma di chi?
Omvangrijke kennis, maar van wie?
Abondant connaissances, mais de qui?
Eine freundliche, einladende Atmosphäre Wissen, aber von wem?
Изобилие от знания, но от кого?
Abundants coneixements, però de qui?
Bogato znanje, ali od koga?
Rigelige viden, men af hvem?
Početné poznatky, ale komu?
Z znanjem bogati znanje, ampak koga?
Runsaat tietoon, mutta kenelle?
Άφθονη γνώση, αλλά από ποιον;
שופע ידע, אבל של מי?
प्रचुर मात्रा में ज्ञान है, लेकिन जिनमें से?
Melimpah pengetahuan, tetapi dari siapa?
Pietiekams daudzums zināšanas, bet kam?
Daug žinių, bet ir ką?
Overflod av kunnskap, men av hvem?
Duża liczba wiedzę, ale kogo?
Abundente de cunoştinţe, dar de cine?
Богатство знаний, но и от кого?
Богато знање, али од кога?
Rik kunskap, men av vem?
Masaganang kaalaman, ngunit sa kanino?
Četné poznatky, ale komu?
Kiến thức phong phú, nhưng của ai?
وفرة المعارف ، ولكن من منهم؟
豊富な知識が、誰のですか?
豐富的知識,但對誰呢?
풍부한 지식,하지만 누구의?

Considerando a abundância de conhecimento dos dias de hoje, perguntamos em que consiste seu sucesso, tê-lo em nossas mentes ou saber controlá-lo, saber aonde busca-lo quando nos é necessário. Saber manusear o conhecimento é algo maior do que apenas ter acesso a ele. O mundo nos dá perguntas mais rápido do que conseguimos responder. Quem responderá por nós?

Perguntas:
Você considera a capacidade de controlar o conhecimento disponível superior à apenas ter o conhecimento? A partir disso, você vê os novos recursos que tornam o conhecimento passageiro e rapidamente substituível uma evolução boa ou ruim para o mundo?

Conhecimento: de imediato, agora

É cediço que, na sociedade atual, exista uma valorização exacerbada sobre o imediato. Tudo ocorre em um ambiente de dinamismo insalubre, no qual nossas mentes e corações muitas vezes se perdem tentando apreender tantas novidades, informações e conhecimento. As coisas já não têm sentido, pois nos falta a oportunidade de buscá-lo ou pensá-lo. De fato, o nosso senso crítico é soterrado em meio a tanta confusão, em um ritmo tão frenético. Não há momentos de pausa, não há tempo para refletir. Quase não há chance de refletir. Como bem disse Carlos Drummond de Andrade no poema intitulado Ao Deus Kom Unik Assão,

"O meio é a mensagem
O meio é a massagem
O meio é a mixagem
O meio é a micagem
A mensagem é o Meio.
O Meio é o ser
Em lugar dos seres, isento de lugar
Dispensando meios
de fluorescer.

Salve, Meio. Salve, Melo.
A massa vos saúda
Em forma de passa."

E também:

"Eis-me prostado a vossos peses
que sendo tantos todo plural é pouco.
Deglutindo gratamente vossas fezes
vai se tornando são quem era louco.
Nem precisa cabeça pois a boca
nasce diretamente do pescoço
e em vosso esplendor de auriquilate
faz sol o que era osso."

E ainda:

"Nossa goela sempre sempre sempre escãocarada
engole elefantes
engole catástrofes
tão naturalmente como se.
E PEDE MAIS."

Parafraseando Saramago, não é só porque as coisas são novas ou porque elas são modernas que elas são, necessariamente, as melhores. Pelo contrário. Penso que assim seja também com o conhecimento e com as tecnologias de informação e, por isso, é importante refletimos e formularmos perguntas acerca da nossa atual relação com o conhecimento. É importante questionarmos para termos a liberdade de reinventar algo melhor, e não apenas consumirmos qualquer coisa que surja na nossa frente. Fica então a pergunta:

(OBSERVAÇÃO: sugiro não responder separadamente a cada uma, apenas refletir sobre elas e dar uma resposta geral)

O que você acha sobre a nossa relação com o conhecimento? Ela é unilateral? Ela é democrática? Em que sentido a valorização do imediato contribúi para a anulação do nosso senso critico em relação ao conhecimento? Qual seria a importância deste senso crítico no presente momento de nossa sociedade? Você crê que neste momento todas as coisas que existem e as que estão por fazer são as únicas e as melhores possíveis? Tente justificar as respostas.

terça-feira, 23 de setembro de 2008

Oficina Chat

Oficina de chat da disciplina de Aplicação de Software Social da UFMG que ocorrerá nesta quarta-feira de 11h00 às 13h00.